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Mostrando postagens de outubro, 2015

A prova do Enem diz que “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher” - (Por Gesiel Oliveira – www.drgesiel.blogspot.com)

O ENEM desse ano revelou de forma escancarada, as ideologias de quem está por detrás do ensino da nossa juventude no Brasil. A questão de numero 01 do Bloco de Ciência Humanas e tecnologia, trouxe o seguinte texto: “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher, nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino”. BEAUVOIR, S. O segundo sexo. Rio de janeiro, Nova Fronteira, 1980. Eu resolvi descrever aqui o restante do texto, que ainda é mais declaradamente aberto a toda forma perniciosa de influência sobre a ideologia de gênero ainda na tenra idade estudantil, veja: “Somente a mediação de outrem pode constituir um indivíduo como um outro. Enquanto existe para si, a criança não pode apreender-se como sexualmente diferenciada. Entre meninas e meninos, o corpo é, primeiramente, a irradiação de uma subjetividade, o ins

Memórias do meu mundo de criança (Por Pr Gesiel de Souza Oliveira)

Quando eu era criança uma das coisas que eu mais gostava de fazer era brincar em uma bicicleta velha com meu irmão. A bicicleta era tão velha que nem sequer tinha pneus, mas mesmo assim descíamos e subíamos incontáveis vezes aquela ladeira em frente de casa. Tudo era sorriso. Em casa faltava quase tudo menos esperança, fé e amor. Eu era uma criança de 8 anos, e nem percebia os apertos financeiros que meu saudoso e falecido pai passava à época para cuidar, com seu único emprego, de 6 filhos e esposa. Eu adorava subir na árvore em frente a minha casa, e subia até o último galho, onde eu pudesse colocar a minha cabeça acima da árvore e olhar o céu estrelado, sentir o vento no meu rosto, ver as luzes da noite e ficar imaginando, sonhando em voar naquela imensidão. Lá de cima daquela árvore eu ficava observando os aviões que partiam do aeroporto próximo a minha casa. Eu mesmo construí uma casinha de madeira naquela árvore, e ficava observando os aviões até eles desaparecerem da minha visão